quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O tempo passa


Passam os minutos, as horas, os dias
Passam até as pessoas, conhecidos, outros que não
Passa a chuva que tudo lava, excepto as memórias
Passa o vento que tudo empurra á sua frente, excepto sentimentos
Passa a água no rio, corre ligeira para o mar
Passam os ruídos da multidão em silêncio
Passa o brilho das luzes apagadas que encandearam tudo em redor
Passa o Sol em fuga da noite que se avizinha
Passa a Lua, corre sofregamente em direcção á Luz
Tudo passa em loucas correrias, em buscas sem fim
Outras apenas em fuga de uma vida que vivem sem a viver
Passa tudo, excepto a tua imagem que perdura em mim
Doce recordação que me embala em sonhos
Recordação de quem eu sempre sonhei, imaginei
Simplesmente desejei-te desde sempre, amei-te
Nunca percebi o porque de muita coisa, a própria vida
Nunca entendi o porquê de rancores, de ódios
Nunca entendi o porquê da incompreensão, ignorância
Nunca entendi o porquê da falta de respeito
Sempre procurei respostas, para tudo, ate para a existência
Sempre procurei por ti antes, apenas nos desencontrámos
Apenas não estávamos preparados ainda
Apenas, ainda não era tempo de ser o nosso tempo
Apenas aprendi a apanhar borboletas
Como disse o poeta um dia, não corra atrás das borboletas
Apenas, cuide do seu jardim que elas vêem ate si
Assim fiz, assim faço, assim vou continuar a fazer
Cuidar de mim, dos meus sentimentos, do que eu sou
Apenas na esperança que sais do teu casulo
Espero apenas que te transformes em borboleta
Aguardo por ti sim, que voes até mim
Cansei de procurar, agora apenas quero ser encontrado
 

(Desconheço autor)

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